É
este o convite e o desafio que qualquer missionário é chamado a viver no seu
dia-a-dia.
E
nós por missão em Moçambique concretamente em Itoculo não estamos indiferentes
a esta causa do aproximar e apresentar o que de mais precioso temos.
Esse
aproximar do povo, entrar na vida do povo, na sua cultura e falar a sua própria
língua expressa também um outro desafio que qualquer missionário enfrenta
quando é enviado para um “mundo desconhecido”.
Mas
graças a Deus nunca faltam pessoas para te fazer “ritos de iniciação” e te
introduzir na riqueza cultural do povo.
O
mais difícil é dar o primeiro passo e o resto é tudo resto. E nesse aproximar o
nosso exemplo é e deve ser Jesus Cristo que o Evangelho de Lucas nos explica e
muito bem através da parábola do “Bom Samaritano”. Aqui o ter compaixão
manifesta uma maneira de viver e aproximar, decidir sempre amar o irmão, e
qualquer cristão só na medida em que tem a coragem de despojar de si próprio
para ajudar o irmão é que se identifica com Deus.
A
alegria do encontro e identificação com Deus é que te conduz ao encontro do
outro. E como se costuma dizer ninguém dá aquilo que não tem e nós não podemos
ser evangelizadores se primeiramente não fomos evangelizados. Só quando
configuramos com Cristo é que recebemos o olhar adequado para o testemunhar.
E
por Itoculo no meio do povo macua temos os diferentes ministérios (ancião,
catequista, animador dos casais, animadora das mamãs, animador dos jovens,
animador da cáritas, animador da justiça e paz, animador das vocações, animador
da saúde, animador do ecumenismo, infância missionária e animador da
comunicação social) que exterioriza esse aproximar do povo, mas sempre
proclamando a realidade de Deus às pessoas não só com palavras mas também com
ações concretas.
E
esse fazer-se próximo que não é só físico mas também espiritual que expressa
através de atividades paroquiais, atividades nas regiões, visita e celebração
nas comunidades, visita às salas de catequese, curso de formação aos
animadores, et cétera et cétera.
Com
tudo isto Cristo deve ser a primeira bússula que nos orienta e conduz. E esse
fazer-se perto é e deve ser a maneira viva de ser e agir de Jesus e é uma forma
de tornar presente o passado.
A
outra bússula que nos conduz é a fraternidade e a vida em comunidade. A vida em
comunidade constrói também uma parte da nossa identidade e é ao mesmo tempo o
símbolo mais expressivo daquilo que somos. É também uma maneira de viver a
missão e é onde encontramos a força para o viver de cada dia.
As
nossas ações espelham aquilo que somos. Independentemente disso e daquilo que
fazemos a iniciativa parte sempre de Deus e ele propõe-nos um caminho e garante
a sua presença e muitas vezes nem nos damos conta. E aquilo que Deus nos
pede é realizável, é possível que tem as suas dificuldades e os seus desafios,
mas como o homem não foi feito para os desafios, mas os desafios para ele e Deus
certamente que nunca abandona aqueles que ele escolheu e com Ele tudo
venceremos. Glória ao Senhor também por isso. E para terminar uma dica só, esse
verbo aproximar convida-nos a ser “o rio que passa pelo coração do homem e que
tem a sua foz no coração de Deus”.
1 comentário:
Estamos juntos!
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