Era uma vez uma biblioteca…
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Ernestina Falcão
Itoculo
...que, naturalmente, tinha livros. Não eram assim muitos, muitos, muitos, mas qualquer livro que se preze gosta de ser folheado, cheirado, lido, “saboreado”, e os desta biblioteca, nada … ninguém lhes ligava nenhuma e, por isso, eram livros tristes…Até que apareceu uma leiga missionária voluntária, que gosta muito de livros e que se interessou muito por eles e muito mais ainda pelas pessoas que podiam beneficiar deles. Então, ela mostrou-os, deu-os a conhecer, fez publicidade deles, chamou à atenção para eles.
A biblioteca de que falamos é a biblioteca paroquial de São José de Itoculo e a leiga missionária sou eu mesma… a Ernestina. Bom, dinamizar esta biblioteca foi um trabalho a que me dediquei e que me deu muitas alegrias. O P. Raul, o P. Damasceno, depois o Vincent e, por último também o P. Desmond tinham que me aturar quando eu regressava da biblioteca, nos primeiros dias de abertura, um pouco triste porque não aparecia ninguém e depois cheia de alegria e entusiasmo que não era capaz de guardar e tinha que partilhar com eles quando numa tarde (apenas duas horas) me apareciam na biblioteca 10, 15, 20 alunos e o máximo foram 44.
Os livros mais requisitados / procurados são os manuais escolares moçambicanos da 8ª classe, mas também começaram a aventurar-se na pesquisa. Como só temos dois manuais de cada disciplina e os alunos eram muitos, então eles procuravam noutras prateleiras os assuntos que queriam pesquisar.
Foi muito bom e gratificante ver aquele espaço, transformar-se num local de encontro, de estudo e de descoberta de novos saberes para muitos jovens estudantes. Actualmente são 84 os leitores da biblioteca e alguns deles são já frequentadores assíduos da biblioteca. É com grande alegria que os recebo na biblioteca e os vejo estudar, pois os manuais escolares (o de Biologia em especial...) são os mais procurados.
A terça-feira, dia 9 de Agosto foi dia de festa, pois foi registada a requisição número mil na nossa biblioteca paroquial. Teve direito a registo escrito (na folha de requisições) e fotográfico.
A partir de meados de Junho, a biblioteca paroquial já não tinha só livros…, passou a ter também um computador - estava no cartório meio abandonado e resolvemos dar-lhe uso. Notei que os livros ficaram um pouco enciumados, pois as maiores atenções deixaram de ser para eles e passaram a ser para aquele aparelho lá colocado em cima da secretária…Mas tudo se resolveu porque o computador era só um e a pessoa que podia ensinar a trabalhar com ele também era só uma e por isso os livros continuaram a ser muito requisitados. O número de leitores anuais, pois só estes teriam acesso ao computador, é que cresceu: passou de 29 em 14 de Junho (data em que foi colocado o computador na biblioteca) para os 48.
Também a partir de 19 de Julho, na nossa biblioteca apareceu outra novidade: o jogo de xadrez. Este é um jogo que, reconhecidamente, desenvolve o raciocínio e, por isso a capacidade de aprendizagem. Pois bem, desafiei o P. Damasceno, que gosta de jogar xadrez e não tem companhia, a ensinar os utentes da biblioteca a jogar. Ele, depois de alguma resistência, aceitou o desafio e foi até à biblioteca ensinar, mas logo se queixou das capacidades de aprendizagem dos meus alunos.Um passarinho segredou no meu ouvido que um projecto novo está a nascer, para a criação de um novo espaço para a biblioteca, um espaço maior com sala de leitura própria (até à data, é o refeitório do centro paroquial que serve de sala de leitura e de estudo) e também com espaço para a informática. Pois essa é uma excelente ideia e que vou apoiar com tudo o que me for possível.
A biblioteca de que falamos é a biblioteca paroquial de São José de Itoculo e a leiga missionária sou eu mesma… a Ernestina. Bom, dinamizar esta biblioteca foi um trabalho a que me dediquei e que me deu muitas alegrias. O P. Raul, o P. Damasceno, depois o Vincent e, por último também o P. Desmond tinham que me aturar quando eu regressava da biblioteca, nos primeiros dias de abertura, um pouco triste porque não aparecia ninguém e depois cheia de alegria e entusiasmo que não era capaz de guardar e tinha que partilhar com eles quando numa tarde (apenas duas horas) me apareciam na biblioteca 10, 15, 20 alunos e o máximo foram 44.
Foi muito bom e gratificante ver aquele espaço, transformar-se num local de encontro, de estudo e de descoberta de novos saberes para muitos jovens estudantes. Actualmente são 84 os leitores da biblioteca e alguns deles são já frequentadores assíduos da biblioteca. É com grande alegria que os recebo na biblioteca e os vejo estudar, pois os manuais escolares (o de Biologia em especial...) são os mais procurados.
A terça-feira, dia 9 de Agosto foi dia de festa, pois foi registada a requisição número mil na nossa biblioteca paroquial. Teve direito a registo escrito (na folha de requisições) e fotográfico.
A partir de meados de Junho, a biblioteca paroquial já não tinha só livros…, passou a ter também um computador - estava no cartório meio abandonado e resolvemos dar-lhe uso. Notei que os livros ficaram um pouco enciumados, pois as maiores atenções deixaram de ser para eles e passaram a ser para aquele aparelho lá colocado em cima da secretária…Mas tudo se resolveu porque o computador era só um e a pessoa que podia ensinar a trabalhar com ele também era só uma e por isso os livros continuaram a ser muito requisitados. O número de leitores anuais, pois só estes teriam acesso ao computador, é que cresceu: passou de 29 em 14 de Junho (data em que foi colocado o computador na biblioteca) para os 48.