cultura macua
pontos positivos
Estamos sempre a aprender. Mesmo quando o assunto se repete, há sempre uma perspetiva nova que se descobre e que chama a atenção. É assim também com a vida missionária nesta cultura macua onde nos encontramos e onde cada dia descobrimos coisas novas. Uma partilha fraterna do professor Alberto Viegas, um macua de raiz, faz um resumo dos aspetos positivos da sua cultura que partilhamos aqui.
Cultura do respeito
Respeito aos pais, aos mais velhos, aos chefes e outros dignitários da comunidade, aos vizinhos, aos conhecidos ou estranhos. Por este motivo não tratamos por «tu» o indivíduo que não seja da nossa idade e que não tenha sido nosso condiscípulo nos ritos de iniciação sociais para a vida adulta. Até entre marido e esposa não existe o tratamento por «tu».
Mesmo uma criança que não seja nossa ou muito conhecida de nós, nunca é tratada por «tu», para incutir nela o hábito de tratar os outros com respeito.
Em situações normais as nossas casas nunca estão próximas umas das outras, nem tão pouco pensamos em casas geminadas. Precisamente para evitar que por tudo e por nada se conheçam e se vivam os problemas particulares que, por natureza humana, se passam em cada lar. Conhecer e divulgar tais problemas é falta de respeito. «Ottittimihana Muluku orooruuha; anaphulu aniteexana ehirowaka otthu», isto é, «o respeito vem de Deus; os sapos carregam-se uns aos outros sem irem a lado nenhum» - diz o nosso povo.
pontos positivos
Estamos sempre a aprender. Mesmo quando o assunto se repete, há sempre uma perspetiva nova que se descobre e que chama a atenção. É assim também com a vida missionária nesta cultura macua onde nos encontramos e onde cada dia descobrimos coisas novas. Uma partilha fraterna do professor Alberto Viegas, um macua de raiz, faz um resumo dos aspetos positivos da sua cultura que partilhamos aqui.
Cultura do respeito
Respeito aos pais, aos mais velhos, aos chefes e outros dignitários da comunidade, aos vizinhos, aos conhecidos ou estranhos. Por este motivo não tratamos por «tu» o indivíduo que não seja da nossa idade e que não tenha sido nosso condiscípulo nos ritos de iniciação sociais para a vida adulta. Até entre marido e esposa não existe o tratamento por «tu».
Mesmo uma criança que não seja nossa ou muito conhecida de nós, nunca é tratada por «tu», para incutir nela o hábito de tratar os outros com respeito.
Em situações normais as nossas casas nunca estão próximas umas das outras, nem tão pouco pensamos em casas geminadas. Precisamente para evitar que por tudo e por nada se conheçam e se vivam os problemas particulares que, por natureza humana, se passam em cada lar. Conhecer e divulgar tais problemas é falta de respeito. «Ottittimihana Muluku orooruuha; anaphulu aniteexana ehirowaka otthu», isto é, «o respeito vem de Deus; os sapos carregam-se uns aos outros sem irem a lado nenhum» - diz o nosso povo.
Cultura do perdão
Isto encontra-se sintetizado no proverbio macua que diz: «Ntata nivanre mahirryaakhu khaninthikiliwa», isto é, «a mão que se sujou no excremento não se corta, lava-se». Querendo
com isto dizer que não se deve destruir o indivíduo que ofendeu a alguém, mas sim, criticá-lo ou mandá-lo pagar alguma indeminização, se for o caso, e reconduzi-lo ao bom procedimento social.
Cultura de reconciliação:
Quando dois indivíduos estão em litígio um com o outro, apresentam o problema em primeiro lugar aos familiares mais idóneos e influentes para o resolver, recorrendo a instâncias superiores somente em caso de não se ter conseguido soluciona-lo no primeiro nível.
Uma vez resolvida a questão segue-se a realização de um pequena cerimónia de reconciliação, na qual se toma uma refeição ou uma bebida em comum entre os familiares dos dois que estiveram
em conflito, devendo estes comer juntos no mesmo prato e beber na mesma cabaça, ou copo, e no fim apertar-se mutuamente as mãos em sinal de restabelecimento da harmonia que se havia quebrado.
Pequenas e simples estas cerimónias, mas de profundo e significativo valor moral. Se daí em diante algum deles demonstrar atitude de quem guarda rancor ao outro é condenado ao isolamento pela comunidade, como pessoa intolerante e sem compreensão pelas fraquezas dos seus semelhantes.
Cultura da paz
Paz com a família, com as outras pessoas e outros povos, sendo que por isso ao longo dos séculos da nossa vivência social nunca nos veio à cabeça o pensamento ou o desejo de ir conquistar, dominar e impor as nossas ideologias a quem quer que fosse. Pois que isso provocaria conflitos que estragariam a nossa paz e a dos outros.
(Prof. Alberto Viegas)
Paz com a família, com as outras pessoas e outros povos, sendo que por isso ao longo dos séculos da nossa vivência social nunca nos veio à cabeça o pensamento ou o desejo de ir conquistar, dominar e impor as nossas ideologias a quem quer que fosse. Pois que isso provocaria conflitos que estragariam a nossa paz e a dos outros.
(Prof. Alberto Viegas)