Raul Viana
Itoculo
O Capítulo Geral realizado em Bagamoyo (Junho/Julho de
2012) passa a ser um acontecimento marcante da vida espiritana. Nesse sentido, partindo
da minha experiência pessoal como participante delegado, quero deixar aqui um simples
eco que se resume em cinco palavras: encontro, partilha, reflexão, escolha e
celebração.
Encontro: viemos de todos os continentes (de 60 países), com culturas e experiências bem diferentes, mas unidos num mesmo ideal missionário. Encontramos um país e as suas autoridades (Tanzânia), um povo e a sua cultura (Swahili), uma família e a sua história (Espiritana) que nos acolheu. A cruz missionária implantada junto ao mar de Bagamoyo é um sinal deste chão missionário que em 1868 abriu portas para a evangelização do interior oriental do continente africano (África de Leste).
Partilha: a pluralidade da missão espiritana expressa nos diferentes relatórios apresentados nas sessões capitulares foi um momento importante para tomar consciência das alegrias e maravilhas realizadas por muitos espiritanos, bem como das dificuldades e desafios que precisamos enfrentar. A presença missionária junto dos mais desfavorecidos e a entrega total ao anúncio do evangelho são traços característicos do nosso ser espiritano.
Reflexão: conscientes desta realidade missionária espiritana, tentando perceber mais a fundo a nossa especificidade missionária, reunimo-nos e trabalhamos por comissões multiculturais e intercontinentais, onde a língua era ponto de encontro e comunicação. Foi um momento bonito e fecundo onde juntos refletimos e procuramos pistas de ação para posteriores decisões.
Escolha:
depois de um tempo de partilha e reflexão surgiu o momento da tomada de
decisão. Com base na realidade social actual e na fidelidade ao nosso carisma
espiritano foram surgindo diferentes orientações para toda a Congregação:
missão, identidade e vocação, vida de comunidade, organização e solidariedade.
Uma das decisões principais foi a eleição do novo Superior Geral (John Fogarty)
e do seu Conselho (P. Jubinville, B. Wukwuije, J. Sabença, M. Tyrant, A. Mayama
e J. Shio) que durante os próximos 8 anos vão orientar toda a Congregação.
Celebração: tudo
estaria incompleto sem esta dimensão essencial de um Capítulo. Além disso,
foram várias as celebrações marcantes que permitiram um encontro com a cultura
e a história missionária espiritana. Além das celebrações festivas de abertura
e encerramento, da visita a Zanzibar e da Profissão Perpétua de 6 espiritanos, é
de salientar a celebração com uma passagem pelo cemitério onde recordamos os
antigos missionários, muitos deles morreram bastante jovens, decididos a seguir
Cristo.