visita do
Presidente da República
Itoculo
Raul Viana
O Presidente da República, Armando Emílio Guebuza, visitará no dia 27 de Abril a localidade de Murutho (1º de Maio), no Posto Administrativo de Itoculo – Monapo. Esta visita enquadra-se na edição 2013 da «Presidência Aberta e Inclusiva». Segundo informações gerais, o objetivo desta visita é contactar a população procurando conhecer o grau de execução dos planos de ação de combate à pobreza do Programa Quinquenal do Governo.
Na verdade, tudo está mexendo para que esta visita aconteça.
De há um mês para cá a movimentação de carros não cessa de circular por estes
lados. Assim, no dia 17 de Março a Governadora da Província de Nampula entrou
no local para se inteirar da situação. No mesmo sentido, o Administrador do
Distrito de Monapo também não poupa esforços para verificar que tudo esteja
conforme às necessidades de acolhimento de tal visita. E cada dia outras
entidades passam com escolta policial.
De facto, num curto espaço de tempo novas instalações
foram criadas que aguardam a inauguração do Presidente: Secretaria da
Localidade de Murutho – Distrito de Monapo; Casa do Chefe da
Localidade; Casa de Visitas; palanques
para palestras e apresentações artístico-culturais… diversas tendas
desmontáveis. Entretanto a escola primária que estava sem chapa por ter sido
desviada para outros fins, já está composta, apesar de inacabada. Também os
acessos de terra batida estão sendo melhorados, pois há uma grande comitiva a
acompanhar, sendo que o Presidente chegará de helicóptero.
Não é fácil perceber o alcance destas visitas. O dinheiro
despendido para que tal aconteça é muito, senão demasiado. Em pouco tempo o
centro de uma localidade fica completamente transformado. O que poderá
aproveitar a população local além de receber a visita do seu Presidente? Penso
que a resposta virá posteriormente, aguardamos.
Mas os problemas e preocupações da população são reais e
urgentes:
- Falta de escolas e pessoal docente, bem como
irregularidades dos mesmos na execução da sua tarefa educativa;
- Falta de condições básicas de saúde: poucos
medicamentos nos hospitais e comercialização dos mesmos nas feiras; grandes
distâncias entre os centros de saúde existentes;
- Vias de comunicação deficitárias para circulação de
bens e pessoas;
- Empregados (onde os há) com salário abaixo o mínimo
nacional;
- Falta de
controle nos criadores de gado que devastam as machambas dos pequenos
agricultores;
- Concessões de terra a estrangeiros (30 mil hectares)
sem considerar a população local;
- Etc…
Evidentemente que a par de tudo isto também existem outras coisas que são boas e positivas, e que mereciam ser ressaltadas. Mas, a vinda do Chefe de Estado faz com que os olhos estejam mais atentos àquelas necessidades que urge dar uma resposta mais imediata e assim conseguir vencer a pobreza que assola esta zona do país. Isto esperamos!
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