3 de fevereiro de 2021

1-«CHAMEI-TE POR CAUSA DA JUSTIÇA»

 «Eu, o Senhor, chamei-te por causa da justiça,segurei-te pela mão; formei-te e designei-te como aliança de um povo e luz das nações; para abrires os olhos aos cegos, para tirares do cárcere os prisioneiros, e da prisão, os que vivem nas trevas». (Is 42, 6-7)

Os 25 Anos da chegada e presença missionária espiritana em Moçambique foram antecedidos de alguns sinais e apelos que se concretizaram apenas a 28 de Novembro de 1996. Tratava-se de um chamamento que se fez ouvir «por causa da justiça».

Assim, o primeiro pedido para uma presença espiritana em Moçambique é uma carta de Dom Manuel Vieira Pinto, bispo de Nampula, de 1969, poucos anos depois de ter chegado à sua diocese e de se ter confrontado com a imensidão do território sem assistência pastoral. Então redigiu uma carta ao Superior Provincial de Portugal, P. Amadeu Martins, dizendo: «Venho confiadamente pedir a colaboração missionária dos Padres do Espírito Santo. (…) Sei que a hora é de crise e de penúria; no entanto, estou certo que devemos fazer um milagre para bem da Igreja em Nampula e para bem da Vossa Congregação, pois deve estar presente em Moçambique…». (Carta de D. Manuel Vieira Pinto, Bispo de Nampula, 12.02.1969)

O padre Amadeu Martins acusa a recepção da carta e manifesta o desejo de «corresponder ao apelo angustiante» de D. Manuel. Porém, a vastidão da missão que lhe está confiada e o reduzido número de pessoal missionário não permitem uma resposta positiva. No entanto, disponibiliza-se para apresentar o mesmo pedido ao Superior Geral da Congregação, pois dele depende a aceitação de um novo campo de apostolado. (Cf. Carta do P. Amadeu Martins, Superior da Província Portuguesa da Congregação do Espírito Santo, 27.02.1969).

Pouco anos depois, em 1976, justamente um ano depois a Independência, Dom Luís Gonzaga, Bispo de Lichinga, escreve ao Conselho Geral, pedindo missionários para a sua vastíssima diocese desprovida de assistência espiritual. Acerca deste pedido não dispomos da carta oficial, nem da resposta do Conselho Geral. Provavelmente, como no caso anterior, prevaleceu a dificuldade de falta de pessoal disponível para responder ao apelo do bispo.

Estes são alguns antecedentes da chegada dos espiritanos a Moçambique. Uma história pequena mas que vem de longe…

PRECE: Hoje rezamos por todos, vivos e defuntos, responsáveis diretos e adjuntos, bispos, superiores, secretários… todos aqueles que, de uma maneira ou outra, procuraram a Congregação do Espírito Santo como resposta às suas preocupações pastorais e espirituais em Moçambique.

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26 - A alegria completa

– Netia-Itoculo/2003-2004 «Um homem não pode tomar nada como próprio, se isso não lhe for dado do Céu. […] Pois esta é a minha alegria! ...